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Foto: Renan Mattos (Diário)
Exatamente às 16h17min desta, Maria Zulmira Mariano da Rocha cruzou pela última vez o arco de entrada da instituição que ajudou a construir. O cortejo fúnebre da caçapavana de 101 anos em um caminhão de bombeiros foi acompanhado por dezenas de carros, do campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em Camobi, até o Cemitério Ecumênico Municipal.
Familiares, amigos, ex-reitores, funcionários da UFSM, políticos, empresários e outras autoridades se despediram da professora aposentada do Departamento de Geociências e esposa do reitor fundador da universidade, José Mariano da Rocha Filho.
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O ex-reitor Odilon Marcuzzo do Canto afirmou que o trabalho desenvolvido por Maria Zulmira ao lado do marido foi um marco para o desenvolvimento do interior do Rio Grande do Sul. Paulo Jorge Sarkis, que também ocupou o cargo máximo da instituição, conviveu com a família Mariano da Rocha desde os tempos de estudante e acompanhou o velório e o cortejo:
- Para mim, ela é a madrinha da universidade. Deu todo o apoio possível para o doutor Mariano da Rocha e, na minha época como reitor, ainda participava de algumas solenidades. Com a perda dela, perdemos também uma parte da história da UFSM.
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Para o vice-reitor, Luciano Schuch, o trabalho de Maria Zulmira e da família ficará eternizado por meio da UFSM:
- Sem ela, não teríamos o Museu Educativo Gama D'Eça, por exemplo. Dona Maria Zulmira foi uma liderança, daquelas que Santa Maria tanto precisa.
Emocionada, a filha Maria de Luján escreveu em um bloco de notas algumas palavras acerca do relacionamento com a mãe. Ela salientou que Maria Zulmira foi uma mãe maravilhosa, educadora exemplar e uma professora carinhosa com os alunos.
As netas Juliana Mariano da Rocha Bandeira de Mello e Victoria Mariano da Rocha Saurin aproveitaram o momento para repassar lembranças felizes ao lado da avó. Juliana se recordou com saudade dos chás da tarde, sempre acompanhados de torrada de queijo com mel e leite quente, oferecidos por Maria Zulmira. Victoria colocou que, apesar da grande quantidade de netos que tinha, a avó conseguiu dar todo o carinho possível para todos eles.
- Quando o vô já estava com a idade avançada, ficávamos junto a ele e a vó assistindo televisão. Ela falava espanhol também. Era uma referência. Ficarão somente lembranças alegres - falou Victoria.
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SEPULTAMENTO
Ao som de um violino, o caixão deixou o Salão Imembuí, no prédio da Reitoria da UFSM, por volta das 16h. O cortejo cruzou a cidade até o local do sepultamento e chegou ao cemitério acompanhado por cerca de 60 pessoas.
Maria Zulmira foi sepultada na capela da família, no Cemitério Ecumênico Municipal. No local, estão sepultados José Mariano da Rocha Filho e outros familiares. (Colaborou Rafael Favero)